A poluição é um dos grandes problemas da contemporaneidade e se engana quem pensa que estamos falando apenas da qualidade do ar, existem diversos tipos de poluição que podem ter efeitos prejudiciais em nossa mente.
A montanha de resíduos produzida diariamente pelas grandes cidades do mundo e as milhares de toneladas de gás carbônico que soltamos na atmosfera são talvez os maiores desafio da sociedade em que vivemos.
A poluição, no entanto, não é apenas aquela que prejudica o meio ambiente, há outro tipo de contaminação: a visual. Em razão dela, nossa percepção está contaminada, repleta de excesso de estímulos que tanto prejudicam a saúde.
Quer saber mais sobre os efeitos desses tipos de poluição no organismo? Então acompanhe esse artigo!
Até pouco tempo o som era percebido de forma diferente por nós. A diferente nuance do canto dos animais, do som da chuva, do barulho do vento e outras pequenas experiências que fazem parte de nossa identidade sonora universal apresentavam-se como formas autênticas de estarmos presentes no mundo.
Mas hoje, ficar em silêncio se tornou um luxo. Inclusive, há uma tendência contemporânea em se preencher o silêncio com música ambiente, mesmo que sequer ela seja notada. Ou seja, é preciso preencher o silêncio com algo, mesmo que seja apenas um ruído de fundo.
O problema é que, ainda que sua intensidade não seja forte o suficiente para agredir os ouvidos, a poluição sonora contínua pode causar estresse, distúrbios do sono, e afetar a concentração e a memória, além de dificultar nossa aprendizagem.
Uma pesquisa da Universidade Católica de Goiás, por exemplo, demonstra que até mesmo neuroses e distúrbios de ansiedade poderiam estar relacionados com a poluição sonora.
Não é muito diferente quando se trata da poluição visual. Na ânsia por chamar o máximo de atenção dos possíveis consumidores, os centros urbanos encontram-se repletos de cartazes com propagandas absurdamente coloridas.
E se até pouco tempo a regra eram tons neutros da natureza ou a dominância de cores próximas ao centro do espectro visual, como o verde e o azul celeste, por exemplo, hoje os berrantes vermelhos, amarelos e fúcsias – que até então eram exceções – tornaram-se a regra. E tudo isso para tentar roubar nossos olhares e nossa atenção.
O resultado não poderia ser mais catastrófico. Conforme uma pesquisa publicada pelo Comunicação, Mídia e Consumo, esse clima de superestimulação com esses tipos de poluição modifica a nossa percepção, condicionando-nos pelo excesso de estímulos exteriores.
Se outrora as grandes mitologias, filosofias e simbolismos da humanidade surgiram da arte de observar dos povos antigos, o humano contemporâneo sequer consegue ficar sozinho em silêncio para perceber a si próprio, quanto mais o mundo ao seu redor.
Tornamo-nos surdos e cegos frente às pequenas coisas da vida. O problema se agrava pelo fato de não podermos escolher o que percebemos. Afinal de contas, uma parte da cognição é automática e assim não dá para “fecharmos os ouvidos” ou “os olhos” para certos estímulos.
Boa parte da cognição é influenciada pela atenção, a qual, por sua vez, está diretamente ligada à motivação. Por uma vida psíquica mais saudável e a parte desses tipos de poluição, podemos nos focar em observarmos as pequenas coisas do cotidiano. Tratam-se daqueles detalhezinhos que temperam o nosso dia a dia, que trazem significado e beleza ao nosso mundo e nos resguardam de situações que despejem uma quantidade nociva de excesso de estímulos sobre nós.
Segundo os yogues da Índia, assim como nosso estômago tem um limite de alimento que pode ser digerido, os nossos olhos e ouvidos também podem ser sobrecarregados com informações que causam “indigestão”.
E, dessa forma, cabe a cada um de nós buscarmos, por meio de uma profunda autorreflexão, nos cercar de coisas que nos fazem bem e evitarmos entrar em contato com estímulos venenosos, como esses tipos de poluição que citamos e que intoxicarão o nosso ser.
Os yogues dizem também que o maṇipūra, o chakra que fica à altura do nosso plexo solar, é o centro de nossa digestão física e energética. É também o mais afetado nesses casos de certos tipos de poluição. Como o maṇipūra é quem controla nossa autoestima, segurança e irradia o prāṇa por todo nosso corpo, devemos cuidar sempre para mantê-lo saudável.
Esgotar sua energia significaria extinguir o fogo de nossa própria digestão, o que inviabilizaria nossa capacidade de exercer nosso poder criador no mundo.
Estar em harmonia com o chakra maṇipūra significa estar em contato com o que queremos ou não digerir nas nossas vidas. O que escolhemos observar? Como nos poupamos da exposição às situações que nos fazem mal, que nos são tóxicas?
É certo que não podemos escolher, na vida, as contingências. Mas podemos conscientemente escolher quais caminhos trilhamos.
Segundo Michael Krugman, navegar na internet antes de dormir atrasa o sono em pelo menos uma hora. Quer saber mais? Assista à entrevista completa:
O especialista declara que é preciso ter moderação quando o assunto é sono e tecnologia. “Se planeja ir para a cama às 23h e você liga seu computador, tv ou tablet às 22h, não vai para a cama às 23h. Você pode apostar que ficar olhando uma tela clara vai atrasar o início do sono. Então provavelmente vai para cama quarenta e cinco minutos a uma hora além do que você teria ido”, ressalta.
Ele não reclama das tecnologias modernas, pelo contrário, diz que são uteis para atividades cotidianas. Mas, que é necessário saber utiliza-las nos horários apropriados.
E você, querendo esvaziar a sua mente do excesso de estímulos visuais e sonoros recebidos no dia a dia? Então conheça os cursos de meditação e mindfulness do NAMU. A meditação pode te ajudar a diminuir o estresse, a melhorar a função imunológica e te auxiliar nas atividades multitarefas em ambiente estressante.
Além disso, as aulas de meditação são 100% online e em vídeo, para que você possa praticar em casa sem nenhuma dificuldade.